18 de julho de 2011

Oficina de barquinhos em caixeta





No fundo do saco do Mamanguá, quase no limite entre o manguezal e o morro, num sítio gracioso marcado pela sombra generosa das jaqueiras, vive  a família de Juray. O patriarca, de 74 anos e sua mulher, Maria das Graças, 54 anos, têm quatro filhos: Gilmar, Gildo e Gilcimar, e só um deles não trabalha com artesanato.
No terreiro, galinhas ciscam à procura de insetos, um pequeno riacho corre alegremente, as lascas da caixeta se espalham sobre as bancadas de trabalho e, um pouco mais abaixo, fica a casa de dois filhos, construída graças ao artesanato.
Gilmar diz que o mais difícil é tirar a madeira da caixeta. "Tem de aproveitar o máximo da madeira, tirar as árvores que estão já caindo, jogar fora as que estão mais fracas, deixar apenas as mais viçosas". Depois de cortada, cada árvore deve ficar com 40 a 50 centímetros de altura para poder rebrotar.
A família vende as peças o ano inteiro, diretamente para o Projeto Terra, de São Paulo, evitando os intermediários. " Os vendedores querem sempre levar a melhor, a gente também tem de levar alguma vantagem", comenta Juray, sorrindo, enquanto dona Maria da Graças vai fazer bolinhos de chuva para servir aos visitantes.

Fonte Bibliográfica: MAMANGUÁ  Berçario Marinho e reduto Tradicional de Caiçaras - Paulo Nogara ( Paraty-Brasil)


Oficina acontece na Sexta, 22 de julho, às 14h.

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